Comportamento
2 min
Sabemos a dor e delícia de ser mãe. Amor maior que tudo, amor misturado com medo, amor eterno e incondicional. Ser mãe é ter o coração batendo fora do peito, definição perfeita.
E nesta jornada intensa, nos atropelos do dia-a-dia, muitas vezes agimos sem pensar. Nestes momentos é hora de respirar fundo e perceber que nossas atitudes são absorvidas pelos pequenos com a máxima intensidade. É importante aproveitarmos cada fase destes pequenos anjos que nos foram concedidos e entendê-los levando sempre em consideração sua idade e maturidade.
Seguem algumas dicas úteis que nos orientam sobre como educar melhor os pequenos que estão sob nossos cuidados.
O site M de Mulher reuniu 9 mentiras que os pais devem parar de contar aos filhos
A maioria dos pais enfatiza que seus filhos nunca devem mentir. Mas, na prática, mostram o contrário e usam a tática da “mentira inocente” para proteger e educar os pequenos. O que esses adultos não sabem é que isso pode ser muito prejudicial.
1. “Se você não se comportar, eu vou te deixar sozinho aqui”
Pesquisadores do departamento de psicologia da Universidade da Califórnia, nos EUA, analisaram a utilização da “mentira inocente” em cerca de 200 famílias, registrando histórias inventadas pelos adultos que vão desde o Papai Noel até ameaças de que as crianças podem ficar doentes se não comerem alguns legumes. O resultado deste trabalho, que foi publicado no International Journal of Psychology, revela que a mentira mais frequente usada pelos pais é a que ameaça abandonar os filhos sozinhos na rua ou em outro local público se eles não se comportarem. De acordo com o estudo, usar ameaças mentirosas como essa para amedrontar a criança não é legal: ou o seu filho vai ficar completamente apavorado sem conseguir obedecer ao que está sendo pedido, ou perceberá que as ameaças não são reais e deixará de acreditar em você.
2. “É claro que Papai Noel existe”
Crescemos acreditando que no Natal o bom velhinho irá nos visitar. Mas este encanto não dura para sempre, claro. Para a psiquiatra Ivete Gianfaldoni Gattásde, de São Paulo, os pais devem contar que Papai Noel não existe quando as crianças perguntarem. Isso ocorre lá pelos seis anos. “É importante dizer ao pequeno que não você não teve a intenção de enganá-lo falando do Papai Noel. Explique com palavras simples que, embora não exista fisicamente, o velhinho de barba branca é um símbolo real da bondade e da solidariedade”, aconselha a profissional.
3. “Foi a cegonha que trouxe seu irmãozinho”
“Mãe, de onde vêm os bebês?”. Na hora de responder a essa pergunta clássica, não vale engasgar, fingir que não ouviu e muito menos contar a velha história da cegonha. Acabar com a timidez e falar sobre sexo com seu filho só faz bem à família. No livro “Conversando com seu Filho sobre Sexo” (ed. Academia), o ator Marcos Ribeiro aconselha que se a criança for muito pequena, os pais devem explicar apenas o necessário. O ideal é falar de sexo aos poucos, à medida que a curiosidade dela vai surgindo.
4. “O vovô virou uma estrelinha”
A melhor forma de comunicar a morte de alguém é dizer de modo claro que a pessoa morreu. Vale acrescentar explicações como “Foi encontrar o Papai do Céu”, mas nunca usar metáforas como “O vovô está dormindo” ou “Virou uma estrelinha”. Segundo a psicóloga Maria Helena Pereira Franco, autora de Psicoterapia em Situações de Perdas e Lutos (Ed. Psi-Pleno), falar com objetividade evita que o tema vire tabu e permite que os pequenos satisfaçam a curiosidade e expressem o luto.
5. “Eu volto logo”
A criança pode se sentir desamparada ao ver que não há alguém da família por perto. Se você tiver que sair e for demorar ou, ainda, for viajar, não minta: diga aonde vai e frise exatamente quando voltará. “O importante é que seu filho não tenha a sensação de que não vai vê-la nunca mais. Mostre que quem vai tomar conta (babá, empregada, vizinha) é alguém conhecido, em quem ele confia”, explica a psicóloga infantil Ana Cristina de Souza.
6. “Se você falar a verdade, não vai ficar de castigo”
Se seu filho mentir para esconder um erro, deixe claro sua desaprovação e dê a ele a oportunidade de se arrepender. Muito mais do que sermões e castigos, é essa reflexão que levará à mudança de comportamento da criança. Vale lembrar mais uma vez: não adianta chantagear a criança.
7. “Você só vai crescer se comer isso”
Não adianta oferecer frutas, legumes e verduras para seu filho se ele nunca viu você comendo esse tipo de alimento. Também não adianta mentir. Explique que o hábito alimentar é formado na infância. Assim, se a criança cria hábitos saudáveis, terá mais chances de se tornar um adulto saudável e reduzir as chances de desenvolver doenças na idade adulta.
8. “Não tenho dinheiro agora. Amanhã a gente volta aqui para a mamãe comprar”
Cabe aos pais a dura tarefa de dizer “não” quando for necessário. Afinal, realmente não dá para comprar tudo que as crianças querem. É complicado negar o pedido de um filho, principalmente quando ele se comporta bem. Porém, é necessário impor limites a um consumismo tão desenfreado. Não minta para o seu filho dizendo que depois você comprará o que ele pediu. Ana Maria Dias da Silva, coautora do livro A Criança e o Marketing (Ed. Summus), explica que o ideal é deixar claro para criança que possuir determinado produto implica avaliar o quanto aquilo é necessário naquele momento. “Ensine ao seu filho que para comprar qualquer coisa ele terá de abrir mão de outras. Assim, a criança aprende a ter senso crítico e a priorizar”.
9. “Boneca é coisa de menina.”
Quem disse que meninos não podem brincar de boneca? E se a menina quiser montar um autorama, por que não? Não rotule a brincadeira como coisa “de menina” ou “de menino”. As crianças não devem ser induzidas por brincadeiras divididas por gêneros. Dica para os pais: não podemos esperar para ensinar sobre igualdade de gênero aos filhos. Isso tem que começar quando eles ainda são pequenos.
Comportamento
2 min
Destaques
4 min